Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O Tratado de Maastricht aos quadradinhos

O livro Guia TV dos Jogos Olímpicos 1976 (Edicria, 1976), dirigido por Avelãs Coelho e Neves de Sousa, faz a antevisão das Olimpíadas de Montreal, apresenta os representantes portugueses (como Carlos Lopes, “uma das maiores esperanças portuguesas de sempre” e o homem que ocupa a capa do livro) e divulga o calendário do evento, tal como o plano de transmissões definido pela RTP (sob a coordenação do antigo atleta José Galvão) para mostrar as competições ao público nacional. Contudo, logo na página 2 surge um apelo dirigido ao leitor com vista à poupança de electricidade, uma vez que “o País sofre uma grave crise de produção de energia eléctrica, especialmente devido a circunstâncias hidrológicas de verdadeira excepção”. A cobertura televisiva dos Jogos Olímpicos iria previsivelmente levar a um aumento do consumo de energia, inclusive em horário nocturno. Surgem, assim, três sugestões que os telespectadores deveriam seguir para evitar um gasto excessivo de electricidade:

“* sempre que possível, reúna-se com amigos ou outras pessoas, para assistir às transmissões: em vez de vários televisores em funcionamento simultâneo… bastará, apenas um!
* se for de noite, desligue todas as lâmpadas de sua casa e arranje um pequeno “piloto” para iluminar o local onde estiver o seu televisor (ver televisão completamente às escuras é prejudicial à saúde);
* não tenha o televisor aceso sem ninguém a assistir à programação (o habitual “até começar”) e não se esqueça de o desligar quando terminar a transmissão e não estiver interessado no resto da emissão.”

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