Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Com as nossas saudações revolucionárias

Uma reportagem exibida no programa 30 Minutos, da RTP1, aborda a equipa de futebol feminino (FF) do 1º Dezembro, na semana em que o clube atingiu a marca de 100 jogos consecutivos sem perder no Campeonato Nacional. Para lá da concentração das melhores jogadoras portuguesas na equipa sintrense, o feito das “dezembristas” revela a falta de competitividade existente no FF português, sujeito à hegemonia prolongada de uma colectividade (outrora o Boavista, na última década o 1º Dezembro) que deixa as restantes a disputar quase uma prova à parte. Coloca-se a questão de como manter a motivação de jogadoras que, a nível interno (falta ainda a afirmação nas provas europeias), nada fazem senão “ganhar, ganhar, ganhar”. No entanto, o trabalho do jornalista Luís Filipe Fonseca revela o empenho do treinador Nuno Cristóvão em evitar qualquer desleixo das suas comandadas, que pressiona mesmo depois da vitória estar assegurada. Uma vez que o profissionalismo é uma realidade ainda longe do FF português, a reportagem acompanha, além dos treinos nocturnos e dos desafios ao fim de semana, o trabalho de três jogadoras “dezembristas”, a Mariana Cabral (Expresso), Inês Quintanilha (Fundação Mário Soares) e Carla Couto (auxiliar educativa), recordista de partidas com a camisola da selecção portuguesa.

Sem comentários:

Enviar um comentário