Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

sábado, 7 de abril de 2012

Inteligente e astuto como um verdadeiro jesuíta

Num episódio da série documental Vitórias e Património exibido hoje na Benfica TV, foi abordada a preparação do clube para o ciclo olímpico com desfecho em Londres, onde o SLB espera incluir os seus atletas na comitiva portuguesa. Na abertura do programa, o narrador faz uma introdução ao tema dos Jogos Olímpicos, afirmando, sobre imagens de ruínas e esculturas gregas, que os Jogos terão surgido na Grécia em 776 a.C., no “período do Império”. Mais à frente, a narração constata que, com o declínio do “Império Grego” e “a ascensão do Romano”, os Jogos foram perdendo relevância até desaparecerem. A ideia repetida da existência de um “Império Grego” está errada, uma vez que a Grécia da Antiguidade se dividia em poleis, ou seja, estados independentes que ocupavam áreas correspondentes ao espaço de uma cidade. Só com a conquista da Grécia pelos Macedónios, no século IV a.C., a península helénica conheceu uma unificação política. Da mesma forma, os Jogos Olímpicos continuaram a realizar-se durante o período romano, terminando apenas em 393 d.C., já em fase de cristianização.

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