Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

He ain't heavy, he's my brother


A revista trimestral Continuidade, editada pela DGS (ex-PIDE) em 1972 e 1973, publicou vários artigos (não assinados) sobre desporto, de carácter teórico ou abordando a participação de atletas portugueses em competições internacionais. No nº 4, de Outubro-Dezembro de 1972, Continuidade inclui uma pequena entrevista com o director de serviços da DGS, o inspector Augusto Pereira de Carvalho, “assíduo praticante do desporto” (p. 35). Interrogado pela revista sobre a utilidade da educação física, Pereira de Carvalho considera que a actividade desportiva “ajuda a obter um nível de saúde e equilíbrio psíquico” que pode melhorar o rendimento dos quadros policiais, além de favorecer as relações entre estes. Assim, a prática do desporto seria positiva na DGS, embora o inspector recorde as dificuldades para a realização de competições motivadas pela dispersão dos agentes ao longo do território nacional, especialmente em Angola e Moçambique. Um núcleo apoiado pela direcção da polícia política deveria coordenar a introdução da educação física, servindo a revista da DGS para sensibilizar os agentes e promover a realização de provas. Ainda segundo Pereira de Carvalho, as modalidades a adoptar dividir-se-iam nos grupos A (tiro, ginástica, judo e artes marciais), B (andebol, futebol, futebol de salão) e C (xadrez e damas). Continuidade publicará artigos sobre judo e karaté, mas não há registo de competições disputadas por funcionários da DGS.

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