Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

domingo, 29 de julho de 2012

Os céus enterrou no chão


Para o escritor e professor universitário Rui Zink, não deveriam ser as pessoas a ter medo dos carros, mas sim os carros a temer as pessoas. O combate à sinistralidade rodoviária é uma das (muitas) facetas do autor expostas em Luto pela Felicidade dos Portugueses (Planeta, 2012), compilação de crónicas escritas na sua maioria entre 2000 e 2005 para a revista SOS Saúde (já reunidas em livro em 2007, pela editora Quasi), a que se juntam textos posteriores. Para além da autopromoção que considera essencial a qualquer cronista, Zink procede nos seus artigos à dissecação do “ser português”, a estudos (baseados no saber de experiência feito) das relações entre homens e mulheres, a reflexões acerca de como enfrentar os traumas e dificuldades e à exposição de um pouco de todos os temas, recorrendo ao humor e provocação que resultam de uma maneira de estar na vida. A leveza aparente das crónicas de Zink proporciona uma agradável e estimulante conversa entre escritor e leitor (apenas através do papel, já que, por timidez, não fui capaz de dialogar oralmente com Zink na Feira do Livro).

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