Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Porque camandro é que não se fala nisto?



Em 1995, quando a TVI (entre a saída do projecto da Igreja Católica e a chegada de José Eduardo Moniz) estava meio à deriva, o quarto canal exibiu uma versão televisiva do jogo de tabuleiro Cluedo, já adaptado ao pequeno ecrã em França e Inglaterra. O programa semanal, realizado por João Canijo e Miguel Queiroga, combinava ficção e concurso, contando no elenco fixo com actores como Vítor Norte, João Lagarto e Margarida Marinho. Lembro-me que Cluedo começava por um filme (rodado por Canijo?) que introduzia na mansão a vítima da semana e mostrava as suas relações conflituosas com as personagens, que conduziam a num crime misterioso. Seguia-se o concurso propriamente dito, apresentado por Rogério Samora, no qual os concorrentes tentavam descobrir quem, onde e como tinha sido cometido o assassínio, através de perguntas às personagens, presentes no estúdio, ou da observação das investigações do inspector Barrosão (Guilherme Filipe). Eu gostava do programa, mas, à semelhança das vítimas, Cluedo não teve uma vida longa, sendo cancelado por motivos hoje desconhecidos. Ao nível das audiências, a TVI era então deixada muito para trás por RTP e SIC.

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