O Programa do I Governo Constitucional (Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1976) não esquece o sector do desporto, ligado à educação, embora sem lhe atribuir grande espaço no conjunto do texto:
“ (…) c) Para melhor inserir o desporto nas actividades formativas globais que a escola visa atingir, considera-se prioritário:
— Definir uma política de pequenos recintos que sirvam as escolas de instrução primária;
— Intensificar as actividades gimnodesportivas na escola, especialmente para o ensino básico incentivando paralelamente a formação e actualização dos respectivos docentes e a criação de escolas piloto;
— Incrementar as actividades juvenis em tempo de férias;
d) O desporto federado, assente em órgãos democraticamente constituídos, será objecto, entre outras, das seguintes medidas:
— Apoio às colectividades, nomeadamente pela adequada definição do seu estatuto de utilidade pública e permitindo-lhes desenvolver a ocupação dos tempos livres dos seus associados;
— Apoio à realização de congressos desportivos a nível nacional;
— Apoio à criação da Confederação dos Desportos, democraticamente eleita;
— Incremento do intercâmbio desportivo internacional, nomeadamente entre os países de expressão portuguesa.” (p. 58)
O breve II Governo (1978), de coligação PS-CDS, iria definir no seu programa um maior número de acções concretas a tomar para difundir a prática desportiva, embora poucas viessem a ser efectivamente implementadas. A evolução da presença do desporto nos documentos programáticos dos governos da III República constitui um aspecto interessante sobre o qual não conheço estudos.
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