Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

sábado, 4 de junho de 2011

Seja radical, faça um seguro de funeral


É de saudar a publicação do livro de Francisco Pinheiro História da Imprensa Desportiva em Portugal (Afrontamento, 2011), baseado na tese de doutoramento do autor pela Universidade de Évora. A obra constitui um guia essencial para investigações futuras, ao permitir conhecer o conjunto dos periódicos de tema desportivo publicados em Portugal (e colónias) entre 1875 e 2000. A pesquisa nas bibliotecas é facilitada pelo levantamento das publicações, em especial das mais antigas, efémeras e de âmbito local ou clubístico. Pinheiro traça igualmente o percurso evolutivo da imprensa desportiva portuguesa, por si só fascinante. Muito daquilo que o desporto foi e é em Portugal deve-se ao jornalismo desportivo, primeiro apenas na imprensa e depois alastrando a meios como a rádio, a televisão e a Internet. Para lá do apoio à introdução e desenvolvimento das modalidades, a massificação de algumas delas, particularmente do futebol, foi favorecida pelo trabalho dos jornalistas desportivos. O livro de Francisco Pinheiro permite ainda conhecer a evolução da relação entre estes e os agentes do desporto (dirigentes, jogadores, treinadores, adeptos, etc.), oscilante entre o confronto aberto e a colaboração mútua.

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