Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

domingo, 19 de junho de 2011

Os seus resultados são visíveis, como se pode ver

A premissa de A Invenção da Mentira (2009), de Ricky Gervais e Matthew Robinson, é interessante pelo conceito de uma realidade alternativa onde nunca existiu mentira e as pessoas acreditam em tudo o que ouvem. O que os personagens fazem de diferente em relação ao mundo “real” não é tanto dizer a verdade, mas revelar informação habitualmente omitida nas conversas com os outros. Curiosamente, apesar de não existirem mentira, obras de ficção e religião, toda a História parece ter ocorrido de forma igual. O monopólio da faculdade de mentir detido pelo personagem de Ricky Gervais dá origem a situações engraçadas, mas o desenvolvimento da premissa deixa muito a desejar, até porque o lado de comédia romântica (que envolve Jennifer Garner) é batido e previsível. O talento de Gervais não chega para aguentar a hora e meia de filme, na qual estrelas como Edward Norton e Philp Seymour Hoffman fazem cameos. Os extras do DVD (recorde-se que A Invenção da Mentira não estreou nos cinemas portugueses) incluem um prólogo com homens das cavernas que, inexplicavelmente, foi cortado da versão final, e material que mostra como, pelo menos, Gervais se divertiu imenso a rodar o filme, interrompendo sucessivos takes com as suas insólitas gargalhadas.

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