Num dos seus muitos livros sobre o Benfica, 365 Razões para Ser Benfiquista (Quidnovi, 2008), João Malheiro segue opções algo diferentes dos restantes volumes da colecção “365 Razões”, concebidos por Júlio Magalhães (portista) e José Almeida Resende (sportinguista), desde logo ao dispor as glórias do SLB por ordem cronológica, o que explica a ausência de um índice remissivo no final. Para além de jogadores e treinadores do emblema de Cosme Damião (“Os genes são dele, fecundou o Benfica”, p. 9), Malheiro destaca resultados de partidas de futebol (as restantes modalidades são referidas de vez em quando, num ecletismo menor que o do livro de Almeida Resende), entre os quais se incluem goleadas impostas pelos “vermelhos”, as finais das competições europeias e da Taça de Portugal, os jogos que “carimbaram” os títulos de campeão nacional e vitórias decisivas sobre Sporting e FC Porto, que não escapam a algumas picadelas do autor. O prefácio é de Ricardo Araújo Pereira, o qual leva o Benfica mais a sério que qualquer outro assunto.
Na entrada “Benfica cultural” (p. 125), Malheiro enumera nomes de personalidades da cultura portuguesa que expressaram amor pelo SLB: “José Saramago (?), Miguel Torga, Aquilino Ribeiro, António Lobo Antunes, Manuel Alegre, Max, Laura Alves, António Silva, Ruy de Carvalho, Eunice Muñoz, António Victorino d’Almeida, Maria João Pires, Luís Piçarra, Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Paulo Gonzo, António Manuel Ribeiro, António-Pedro Vasconcelos, Artur Semedo.” Isto faz lembrar que está em curso a época de caça a celebridades e agentes culturais para as comissões de honra das candidaturas presidenciais, onde os seus nomes ficam sempre bem. O próprio João Malheiro manifestou já apoio a Manuel Alegre, tal como os ex-futebolistas Hilário, Toni e Romeu. Por seu turno, o Pantera Negra costuma ser um apoiante de Cavaco Silva.
É bom não esquecer que se está a comemorar o 50º aniversário do Cebolinha, uma das mais brilhantes personagens de Maurício de Sousa, que nos há-de acompanhar por toda a vida. Outro assunto actual, embora muito menos relevante, é a recandidatura a Presidência da República de Cavaco Silva, cujo passado político é aqui relembrado por Daniel Oliveira.
Ainda sobre Sedução, acho que Dalila Carmo está a perder o seu tempo ao tentar encontrar a fortuna do tio. Se Ruy de Carvalho fez a sua carreira de futebolista no Belenenses nas décadas de 50 e 60, dificilmente amealhou uma quantia significativa. Já agora, é um pouco ridícula a tendência recente da TVI para incluir na banda sonora das suas novelas versões em português de clássicos pop/rock, neste caso de canções dos Doors (“Queres ver a minha alma?” no lugar de “Come on baby, light my fire”).
Tem-se falado muito, nos cafés de Cascais, dos pormenores já revelados acerca do argumento do álbum de BD actualmente em preparação Agentes do C.A.O.S.: Nova O.R.D.E.M., de Fernando Dordio Campos, Osvaldo Medina e Mário Freitas. O ponto de partida da nova história da Kingpin Books, um atentado terrorista na estação de metro da Alameda, em Lisboa, é objecto de numerosos comentários por representar a inclusão na BD nacional da possibilidade de Portugal sair da ausência de actos terroristas no seu território existente desde o desmantelamento das FP-25 de Abril. Todavia, outras formas de ficção abordaram já esse cenário. No primeiro episódio da telenovela Sedução (TVI), vemos um terrorista espanhol detonar um carro-bomba na Avenida de Roma, à passagem da comitiva do primeiro-ministro do país vizinho. A hipótese de Espanha “exportar” o seu terrorismo foi também imaginada pela escritora Margarida Rebelo Pinto, no romance Sei Lá (Difel, 1999), onde é alvejado um ministro do governo espanhol presente numa cimeira latino-americana em Lisboa (o político fica gravemente ferido, mas sobrevive), com a colaboração de um basco membro da ETA “infiltrado” junto da protagonista da obra. A presença desta temática na ficção portuguesa evidencia a preocupação geral com o fenómeno terrorista, mas de pouco servirá para prever o futuro, uma vez que os bombistas já mostraram capacidade de fintar as expectativas dos ficcionistas.
Tudo começou há muito tempo atrás, na ilha do Sol, quando a minha mãe mostrou o manual de História de Portugal da 4ª classe dela, escrito por Tomás de Barros. Aprendi então as quatro dinastias dos reis portugueses e a cronologia básica da história do país até à eleição para Presidente da República de Craveiro Lopes. Os livros de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada viriam a contar uma história menos carregada de ideologia nacionalista. Os manuais de História e Geografia de Portugal do 5º e 6º anos que usei não se distinguiam por nada de especial. Já os volumes do 3º ciclo, publicados pela Editorial O Livro e escritos por Adérito Tavares, Maria Emília Diniz e Arlindo M. Caldeira, abriram novos horizontes. Também foram úteis, na banda desenhada, os álbuns de José Ruy, tal como a História de Portugal em BD de José Garcês e A. do Carmo Reis. No que respeita ao período contemporâneo, recordo a série televisiva inglesa O Século do Povo, emitida pela SIC por volta de 1996, cujos episódios eram introduzidos por um “prefácio” no qual Mário Soares revelava uma pronúncia terrível ao falar inglês.
Através do último episódio da telenovela Meu Amor (TVI), ficámos a saber que o Céu é um jardim onde todas as pessoas se vestem de branco e descansam enquanto esperam a ocasião de reencarnar. O reencontro de Alexandra Lencastre com um familiar falecido já tinha ocorrido no final de Ninguém Como Tu.
Uma das mortes na ficção televisiva que mais me impressionou foi a do personagem de José Raposo (Jaime) no penúltimo episódio de Médico de Família (SIC), pelo inesperado e até porque o actor tinha a função na série de “alívio cómico”. Após um acidente de viação, Jaime fica encarcerado no veículo que colidiu com um poste, falecendo lentamente durante os esforços infrutíferos de Diogo Melo (Fernando Luís) e outros médicos para o salvar. No velório, o protagonista da série solta um “Até sempre, companheiro”. A propósito, o formato outrora tão popular da série entre o drama e a comédia, habitualmente abordando famílias, que se pode prolongar indefinidamente, tem rareado nos canais generalistas há vários anos, com a excepção de Conta-me Como Foi.
Diário do Governo, II Série, Nº 58, 10 de Março de 1975
“O regime deposto em 25 de Abril de 1974 caracterizou-se pela sistemática opressão dos cidadãos, pela supressão das liberdades políticas e pelo exercício de um poder autocrático e antipopular absoluto.
As inscrições que os seus próceres fizeram gravar ou os bustos que fizeram erigir para glorificação própria ou do regime ofendem a consciência dos cidadãos e não podem dignamente continuar nos imóveis que têm por função a aplicação da justiça.
Há, pois, que determinar, e assim o determino, que, no mais curto prazo, sejam apagadas ou retiradas todas as inscrições, dísticos, retratos, bustos, estátuas e demais motivos existentes em dependências do Ministério da Justiça alusivos ao regime que vigorou em Portugal desde 28 de Maio de 1926 até 25 de Abril de 1974 e aos governantes que, durante esse período, exerceram o poder, arrecadando-se os respectivos materiais intactos, e com as menores deteriorações possíveis, para terem o destino que vier a ser determinado.
Secretaria de Estado da Justiça, 21 de Fevereiro de 1975. – O Secretário de Estado da Justiça, Armando Bacelar.”
Diário do Governo, II Série, Nº 23, 28 de Janeiro de 1975
“Por decreto de 17 do corrente mês:
Low Fuck Him, natural de Cantão, China, domiciliado em Nova Mambone, Moçambique – concedida a nacionalidade portuguesa, por naturalização, a qual só produzirá efeitos depois de registada a respectiva carta (…).
O interessado passará a usar o nome de Alexandre Low.
Secretaria-Geral do Ministério (da Administração Interna), 21 de Janeiro de 1975. – O Secretário-Geral, Manuel Pereira.”
La France s’ennuie: uma das coisas fascinantes da História é a sua capacidade de surpreender e contrariar todas as previsões dos especialistas em futurologia. As surpresas tanto podem consistir em acontecimentos negativos (o 11 de Setembro) como positivos (a queda do Muro de Berlim, o referendo em Timor-Leste). No que respeita à história recente portuguesa, um exemplo relevante de inesperado ocorreu em 2004 (na verdade, foram dois exemplos, já que a Grécia venceu o Europeu de futebol), aquando da partida de Durão Barroso para Bruxelas. Nem as Produções Fictícias foram capazes de prever os acontecimentos insólitos do segundo semestre daquele ano. É precisamente Pedro Santana Lopes que agora afirma “não digam que eu não avisei” a respeito da actual crise económico-social.
Há algumas semanas, foi-me oferecido um exemplar de Fora de Jogo (Caminho das Palavras, 2010), uma compilação de contos sobre futebol de autores lusófonos. O problema é que eu já tinha comprado e lido esse livro há meses. Foi grande a consternação. A única hipótese de remediar a situação era deslocar-me à loja onde o livro oferecido tinha sido comprado nove dias antes, uma livraria longínqua e desconhecida, para trocar o volume por outro. Ocupado com afazeres vários, problemas de visão, leituras profissionais e a criação de desenhos abstractos, fui adiando a expedição. Sentindo-se ultrajada, a pessoa que me tinha dado Fora de Jogo explodiu de ira e garantiu que, se eu não trocasse o livro dentro do prazo legal, a nossa amizade chegaria definitivamente ao fim. Empurrado pela pressão, acabei por descobrir que a livraria em causa não ficava longe do campo de jogos (inaugurado no ano passado) do Grupo Dramático Ramiro José. Consegui encontrar o estabelecimento e trocar Fora de Jogo pela biografia De Gaulle, escrita por Julian Jackson e incluída na colecção de sínteses historiográficas da editora Texto. Entregaram-me os 1,10 euros de diferença entre os preços das duas obras. Antes de sair, ouvi uma das funcionárias da loja afirmar que a abundância de cenas de violência no cenário ribatejano da telenovela Espírito Indomável (TVI) a tinha levado a desviar a sua atenção para Laços de Sangue (SIC).
Ainda a propósito de A Idade da Bola, é natural que João Malheiro, ao realçar a dedicação e as capacidades dos jogadores, utilize por vezes expressões com conotações sexuais (alguns exemplos estão abaixo). Afinal, um jogo de paixões como o futebol pode ser uma metáfora da guerra, mas também incluir elementos que remetem para as relações amorosas.
“ (Sobre Artur) Havia ali paixão, paixão incontida, pela bola, essa fêmea fatal.” (p, 27)
“Carlos Duarte vivia, afrodisiacamente, as vitórias.” (p. 51)
“Chalana sem bola era Romeu sem Julieta.” (p. 60)
“Tinha a cor erótica do golo. (…) Derlei noivava a bola, ela correspondia.” (p. 72)
“Jardel beijava o golo na boca, era amor que fazia.” (p. 120)
“A bola casava com o seu (de Jesus Correia) riso feliz, parecia falar-lhe de amor.” (p. 121)
“ (João Moutinho) Exibe a bola, esconde a bola, faz amor com ela, recebe-a, endossa-a, provoca-lhe ciúmes, fá-la beijar as redes, dá-lhe o abraço apaixonado.” (p. 124)
“Um remate é instinto básico. Uma finta é arte, uma recepção, um passe. Assim como, e nem mal comparado, fazer sexo e fazer amor. Octávio fazia amor.” (p. 173)
“Petit procura a bola na sugestão do desejo erótico de prazer. Parece que volta sempre para o pé da namorada.” (p. 192)
“Clubisticamente, (Toni) apresenta-se como monogâmico. Benfica, a paixão insusceptível de adultério.” (p. 237)
“ (Torres) Gostava de penetrar o corpo imaculado da baliza, mas de nada se importava se não fosse o primeiro.” (p. 238)
“ (Sobre Vítor Baía) O FC Porto, que emblematiza, não se priva do seu concurso. Pede-lhe balizas com hímen intacto. (…) é baía de prazer.” (p. 248)
Diário do Governo, II Série, Nº 10, 13 de Janeiro de 1975
“Por despacho do Secretário de Estado da Administração Escolar de 18 de Outubro último:
Doutor Aníbal António Cavaco Silva – contratado, por conveniência urgente de serviço, para o exercício das funções de professor auxiliar além do quadro do Instituto Superior de Economia, da Universidade Técnica de Lisboa. (…)
Instituto Superior de Economia, 6 de Janeiro de 1975. – O Presidente da Comissão Executiva, Bento José Ferreira Murteira.”
A historiadora Maria de Fátima Bonifácio regressa aos artigos de opinião no Público de hoje (“Apologia do capital”, p. 29), reafirmando o seu tabagismo sem remorsos (quando interrompia as aulas para intervalo, dizia que tinha de “repor os níveis de nicotina”) e concluindo que “Thatcher tinha razão”, após expor o fracasso dos Estados comunistas. Na verdade, a crítica às economias estatizadas e às sociedades de funcionários públicos com que Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã sonharão enquadra-se naquilo que a autora consagrou como o combate da sua vida: o ataque ao “radicalismo”. Ao longo do período contemporâneo, os “radicais” são encontrados por Bonifácio em grupos políticos como os jacobinos da Revolução Francesa, a “unha negra” da esquerda durante a monarquia constitucional portuguesa, os apoiantes de Afonso Costa ou, na actualidade, o BE e o PCP. Em comum, os “radicais” que Bonifácio combate em nome do liberalismo possuem a crença nas virtudes da Revolução, ou seja, do uso da violência política com vista à transformação da sociedade, e na possibilidade de um Estado dotado do poder absoluto vencer a “reacção” e eliminar as injustiças. A obsessão igualitária deixaria a liberdade individual, na expressão de Maria de Fátima Bonifácio, “subordinada a um “fim social” superior que era o “bem de todos”, interpretado pelo Estado enquanto “representante da sociedade”” (A Monarquia Constitucional, Texto, 2010, p. 78).
Diário do Governo, II Série, Nº 221, 21 de Setembro de 1974
“Nomeio chefe do meu Gabinete o licenciado António Fernando Marques Ribeiro Reis, assistente eventual contratado além do quadro da Universidade Nova de Lisboa, ouvido o Estado-Maior do Exército, nos termos da nota nº 32 768, processo nº 201 000, da 2ª secção da RO/DSP/ME, de 9 de Agosto de 1974.
Secretaria de Estado da Orientação Pedagógica, 11 de Agosto de 1974. – O Secretário de Estado da Orientação Pedagógica, Rui Grácio.”
A vastidão do livro A Idade da Bola, de João Malheiro (Quidnovi, 2006), com 250 verbetes repartidos por 200 futebolistas portugueses, 30 estrangeiros que jogaram em clubes lusos e 20 treinadores, permite ir além dos nomes mais óbvios. O lirismo da escrita de Malheiro, embora por vezes excessivo, evita a secura de alguns textos meramente informativos sobre o tema. No entanto, o autor faz algumas afirmações inexactas do ponto de vista histórico. Assim, num Sporting – Benfica realizado poucos dias antes do 25 de Abril, ter-se-iam visto “as bancadas a desafiarem o regime, numa vaia monumental dirigida contra a presença de Marcelo Caetano” (p. 254), quando o que aconteceu foi precisamente o contrário, a ponto de se perguntar onde estariam mais tarde as pessoas que saudaram em Alvalade o então Presidente do Conselho. Da mesma forma, é referido na entrada sobre Peyroteo que “A corda com mais música goleadora dos Violinos venceu tudo. Campeonatos em fila. O primeiro tetra de sempre.” (p. 193) Na verdade, Peyroteo retirou-se dos campos em 1949, vindo o Sporting a celebrar o tetracampeonato apenas em 1954.
O texto da obra de António Guterres A Nossa Via. Uma relação de confiança com os portugueses (Partido Socialista, 1998) possui algumas falhas de revisão, nomeadamente na concordância entre sujeito e predicado: “A queda do Muro de Berlim e o colapso do comunismo veio mostrar” (p. 12), “A indiferença e sobranceria do neoliberalismo dogmático (…) constitui a principal ameaça” (p. 12), “desempenha um papel central a qualidade ambiental e o equilíbrio ecológico” (p. 30).
Entre aquilo que Guterres afirma e omite, destaca-se a ausência de referências ao terrorismo, com o então primeiro-ministro a atribuir à União Europeia o “combate à criminalidade organizada, especialmente ao narco-tráfico e à fraude internacional” (p. 38). O livro constitui sobretudo uma enumeração dos feitos do PS em três anos de governação, numa altura em que o país atravessava tempos gloriosos, pelo menos em comparação com a actualidade.
Estreou anteontem no canal Q Show Markl, o talk-show de Nuno Markl, que parte do conceito segundo o qual o autor de Caderneta de Cromos não tem quaisquer meios ou experiência para fazer um programa do género e vai improvisando de episódio em episódio. Essa suposta improvisação resulta muito bem no primeiro programa (gostei especialmente dos erres que faltam nas legendas), com sketches aceitáveis que apostam na auto-ironia. Quanto à conversa, verificaram-se declarações muito interessantes de Júlio Isidro. Uma informação que não conhecia é o facto dos colegas deste na apresentação do programa juvenil da RTP em 1960 terem sido Lídia Franco e João Lobo Antunes, o qual recebia muito mais cartas que Isidro. Talvez o futuro neurologista recebesse das fãs perguntas como “o teu irmão António é um bocado esquisito, não é?”
Depois de, em Meu Amor, o personagem de Paulo Pires ser um adepto entusiasta do “Belém”, um dos anúncios exibidos na TVI de promoção a Sedução, a nova novela de Rui Vilhena, mostra Nuno Homem de Sá assistindo a um jogo de futebol no Estádio do Restelo e a festejar um golo do Belenenses (as filmagens podem ter contribuído para minorar as dificuldades financeiras do CFB). A referência a clubes verdadeiros de futebol nas telenovelas portuguesas é esporádica, mas acontece. Uma das produções mais antigas de que me lembro, Verão Quente (RTP), de 1993/94, apresentava Armando Cortez e Fernando Mendes como pai e filho, cada um com o seu próprio café, que apoiavam respectivamente FC Porto e Benfica, o que dava origem a discussões. Em Dei-te Quase Tudo (2005/06), da TVI, a portista Maria Dulce e a benfiquista Estrela Novais desafiavam respectivamente os ambientes de Lisboa e do Porto. Mais tarde, como todos ainda se lembram, no último episódio de Doce Fugitiva (TVI), a 16 de Setembro de 2007, ficámos a conhecer a fé sportinguista da família da personagem de Rita Pereira e Rodrigo Menezes “aterrou” de pára-quedas no relvado do Alvalade XXI.
A telenovela Meu Amor (TVI) já ultrapassou os 300 episódios. A publicidade da emissora afirma que o folhetim se encontra na sua “recta final”. Ao ritmo que a história tem conhecido (chegaram os longos flashbacks já utilizados noutras novelas para diminuir o “tempo útil” dos capítulos), tal situação não impede que Meu Amor festeje o seu primeiro ano de exibição a 19 deste mês e possivelmente chegue a 2011.
Os despachos datados de 17 de Novembro de 1977 assinados por Mário Sottomayor Cardia, ministro da Educação e Investigação Científica (publicados no Diário da República, II Série, a 26 de Novembro), nomearam as comissões instaladoras das faculdades da Universidade Nova de Lisboa. No caso da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, António Henrique de Oliveira Marques (UNL) assumiu a presidência da comissão, com Luís de Matos (proveniente do Instituto de Ciências Sociais e Políticas), Raquel Soeiro de Brito (ISCSP) e José Mattoso (FLUL) como vogais. Na Faculdade de Economia, seria o novo reitor da UNL, Alfredo António de Sousa, a dirigir a criação da escola, auxiliado por José António Brito da Silva Girão e Aníbal Cavaco Silva, ambos do Instituto Superior de Economia.
Iniciando-se no futsal em 2003, o Belenenses tornar-se-ia a principal ameaça ao domínio nacional da modalidade por Benfica e Sporting. Na temporada passada, o CFB conseguiu o seu primeiro troféu de alto nível ao vencer a final da Taça de Portugal contra o SLB (o golo da vitória foi marcado pelos “azuis” a 20 segundos do termo do prolongamento). As figuras do clube da Cruz de Cristo que conheço melhor das transmissões televisivas são o treinador Alípio Matos e o brilhante guarda-redes Marcão, até porque ambos estão há vários anos em Belém, numa altura em que a circulação de técnicos e jogadores entre os emblemas de Lisboa é relativamente frequente (em 2010/11, o Belenenses conta com o ex-benfiquista Zé Maria e o ex-sportinguista Israel). No jogo de hoje na Luz, os comandados de Alípio Matos conseguiram um precioso empate (3-3). A equipa belenense destacou-se sobretudo a conter o caudal ofensivo benfiquista e ao recusar-se a baixar os braços, chegando à igualdade final após duas situações de desvantagem no marcador.
Diário da República, II Série, nº 266, 17 de Novembro de 1977
“Despacho nº 156/77
Não são permitidas viagens de estudo ou excursões de alunos do ensino secundário ao estrangeiro. Os conselhos directivos impedirão a organização de tais viagens nos respectivos estabelecimentos de ensino.
Secretaria de Estado da Orientação Pedagógica, 11 de Novembro de 1977. – O Secretário de Estado da Orientação Pedagógica, Joaquim Antero Romero Magalhães.”
Diário da República, II Série, nº 280, 5 de Dezembro de 1977
“Por despachos do Ministro de Estado e do Secretário de Estado do Ambiente de 6 e 4 de Outubro findo, respectivamente:
Mussolini Perfume Fajardo – admitido (…) como taxidermista, em regime de prestação de serviço, por um ano. (…)
Serviço Nacional de Parques, Reservas e Património Paisagístico, 21 de Novembro de 1977. – O Presidente, Fernando José dos Santos Pessoa.”
Diário da República, II Série, nº 286, 13 de Dezembro de 1977
“ (…) Por despacho ministerial de 28 de Fevereiro do corrente ano:
Carlos Silvino da Silva – nomeado para exercer as funções de empregado auxiliar da Casa Pia de Lisboa, em regime de contrato de prestação eventual de serviços, nos termos do artigo 72º do Decreto-Lei nº 413/71, de 27 de Setembro. (…)
Provedoria da Casa Pia de Lisboa, 2 de Dezembro de 1977. - Pelo provedor, José Peixeiro Simões.”