Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Estás tão caladinho, Roberto Serpa


Na sua biografia de José Maria Pedroto, Pedroto, O Mestre (Aleixo & Maia, Lda., 1998), Alfredo Barbosa inicia vários capítulos com a enumeração de factos ocorridos no mundo, em Portugal e no futebol português, de modo a contextualizar os diferentes períodos da vida do Zé do Boné. No epílogo, Barbosa faz um panorama de 1982-1985 (pp. 257-261). Não é especialmente grave que retire dez anos às datas dos Jogos Olímpicos de Moscovo e Los Angeles (1980 e 1984, não 1970 e 1974), refira a chegada ao poder de Margaret Thatcher (primeira-ministra já desde 1979) ou afirme que “a Argentina assenhoreou-se do arquipélago das Fakeland”. No entanto, ao dizer que Gabriel Garcia Marquez ganhou o Prémio Nobel da Literatura e “George Orwell impressionou com 1984”, parece ignorar que o romance do autor britânico foi publicado pela primeira vez em 1948, constituindo uma distopia futurista.

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