Também no livro Campanha Eleitoral na TV/1976, podemos encontrar a transcrição do tempo de antena do MRPP emitido na RTP às 21.00 de 8 de Abril. O espaço é preenchido sobretudo pela intervenção do secretário-geral do partido, Arnaldo Matos:
“ (…) Ainda agora, quando entramos nos estúdios desta televisão, nos fazem um certo número de propostas que mostram bem como estas eleições são uma farsa bizarra, de uma democracia bizarra. Pretendem que os nossos militantes hão-de caracterizar-se e submeter-se a todas as espécies de maquilhagens para que vocês, que são o povo em (sic) que se pede que concedam o voto à política da coligação e da traição, possam gostar não do que dizem as pessoas, mas da cara que elas apresentam, no facto de serem mais ou menos atraentes. As mulheres do povo e os homens do povo têm carácter e não precisam de caracterização.
A nossa camarada que abria este programa (Violante Saramago Matos), que foi submetida a brutalidades e barbaridades fascistas pela PIDE, não é evidentemente a cara agradável que as câmaras vão mostrar, a despeito de ter o seu ar sereno e a sua graciosidade de mulher do povo. O nosso partido não colabora nessas farsas nem nessas falsidades. (…)”
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