Os órgãos sociais do Sporting que tomaram posse em 27 de Fevereiro de 1982, com João Rocha como presidente da Direcção, incluíam apenas uma mulher: Maria Angélica Esteves Salgado, vogal da Mesa da Assembleia-Geral e único membro feminino do Conselho Leonino. Ao nível dos seccionistas, a presença de mulheres fazia-se sentir nas modalidades com mais atletas do sexo feminino, como basquetebol (Helena M. Duarte), ginástica (Lina Maria Marrafa de Oliveira, Maria Helena Álvares da Silva, Roseta Maria Salgueiro), patinagem artística (a secção era capitaneada por Maria J. Moreira) e voleibol (Lavínia Brito Pais, Olinda C. Ivans, Maria A. Patrício). Curiosamente, na secção de atletismo não existiam em 1982 nem técnicas nem dirigentes.
Na actualidade, o dirigismo desportivo continua a ser em Portugal uma actividade tradicionalmente masculina, pelo menos nos maiores clubes (não conheço estudos sobre o tema). Para lá das questões também ligadas à escassa participação das mulheres nos postos dirigentes doutras áreas, pareceria estranho a muitos atletas do sexo masculino serem liderados por uma mulher. Uma excepção recente, já na esfera federativa, é o de Leila Marques Mota, presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes.
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