Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Tanta terra para lavrar e o meu arado a ganhar ferrugem

O convite feito por Diário de Notícias e Jornal de Notícias a 25 celebridades adeptas do FC Porto para escreverem sobre o 25º campeonato nacional ganho pelo clube e um jogador em particular do plantel portista desta época (num total de 25 artigos, ilustrados por desenhadores como Osvaldo Medina) faz lembrar o livro organizado por Luís Miguel Pereira aquando do centenário do Benfica. Ser Benfiquista (Prime Books, 2004) reúne os depoimentos de 100 figuras públicas sem ligações profissionais ao futebol acerca do SLB. Por seu turno, o Sporting formou em 2005 a Comissão de Honra do centenário leonino, incluindo Jorge Sampaio e D. José Policarpo (que então chefiavam, respectivamente, o Estado e a Igreja portugueses), além de outras personalidades de várias áreas apoiantes do SCP, ex-atletas e ex-dirigentes. Clubes de média dimensão possuem também os “seus” famosos, como o Belenenses (João Pedro Pais) e o Sp. Braga (Marcelo Rebelo de Sousa). Para lá da promoção dos clubes através da popularidade dos seus torcedores mais mediáticos, a exibição do sentimento clubista por artistas, políticos, empresários ou jornalistas serve para realçar o impacto e abrangência social do futebol e mostrar que as massas adeptas são formadas por milhares de experiências e sentimentos individuais.

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