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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Roubaram-me os cavalos verdes

Uma brochura publicada pela União Nacional aquando das eleições presidenciais de 1958 (“O candidato nacional Almirante Américo Thomaz”) fornece algumas informações sobre a vida do candidato salazarista, em especial acerca da obra desenvolvida por Tomás como ministro da Marinha. As “notas biográficas” não deixam de referir que Tomás foi “sempre um desportista: no exercício das suas funções oficiais como fora delas”. Embora omitindo a breve passagem do oficial da Armada pela presidência do Belenenses, o texto atribui a Tomás interesse por todo o tipo de modalidades, particularmente pelos desportos náuticos, uma vez que “o Mar foi sempre a sua paixão e o seu ambiente predilecto”. A vela e o remo mereceram o apoio do ministro da Marinha, presente em eventos públicos como o encerramento do I Congresso da Vela (1945) e a distribuição de prémios dos campeonatos da Europa e do Mundo realizados em Cascais. Da mesma forma, o contra-almirante “pôs sempre à disposição dos organizadores as indispensáveis vedetas de apoio e facultou a deslocação de navios da Marinha de Guerra para junto de realizações desportivas de maior vulto”. O “ilustre marinheiro” encontrava-se assim associado aos êxitos obtidos pelos velejadores portugueses.

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