Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Entra, minha menina

Outro Franco da banda desenhada portuguesa é o protagonista do álbum Franco, o Trolha (Polvo, 2002), de Pedro Brito, que inclui duas histórias de oito páginas publicadas originalmente na revista Art Nove em 1994. Desenhado a preto e branco, Franco é um detective particular de óculos escuros e gabardina que tenta ganhar algum dinheiro. Nas suas “aventuras” de recorte policial “cómico-xunga” (na expressão do autor), Franco substitui a pistola por um letal taco de basebol, a que se junta o talento para a porrada de um detective que possui relações tempestuosas com a PJ, na pessoa do inspector Gonçalves. Os confrontos entre Franco e os maus dão origem a linhas de diálogo tão saborosas como “Então baza, xô, fora, pira-te!”, “Lascou-me o taco com os dentes!”, “o longo braço da lei cai-te logo em cima que nem dás por ele”, “É inútil continuarmos com esta perseguição insana!” ou “Vá, ignóbil criatura!”

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