Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

sábado, 18 de setembro de 2010

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Diário de Lisboa, 12 de Dezembro de 1974


“Pedro Cabrita, o “pide” do râguebi


Este cavalheiro, Pedro Cabrita de seu nome, passou (infelizmente) pelo desporto português. Foi seleccionador nacional de râguebi, treinou determinada equipa e, além disso, julgava-se um dos “autores” da modalidade entre nós, graças à larga cobertura que recebia em certo sector da Imprensa e através da RTP. Um dia, caiu a máscara: advogado do pide que assassinou Ribeiro dos Santos, descobriu-se que ele pertencia, também, ao famigerado elenco dirigido pelo inefável Silva Pais.


Não chegou a ir parar a Caxias ou a Peniche, para onde atirou dezenas de patriotas. Graças à protecção de certos indivíduos, raspou-se para o Brasil, onde vive perto de amigos de peito. E, enquanto se desvenda que auferia, só como funcionário pidesco, a quantia mensal de 10 contos, o râguebi fica (pelo menos…) limpo deste “devotado” impulsionador.


A propósito: recentemente, veio a lume numa revista quinzenal que havia um pide no râguebi português, nomeando-o, muito erradamente, como sendo Pedro Lince. A verdade está feita: o pide chama-se Pedro, mas é o Cabrita. Este, o da fotozinha. Pedro Cabrita: que esfolava aquele “cabritinho” da António Maria Cardoso, nas horas em que repousava da divulgação raguebística.”

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