Diário de Lisboa, 12 de Dezembro de 1974
Este cavalheiro, Pedro Cabrita de seu nome, passou (infelizmente) pelo desporto português. Foi seleccionador nacional de râguebi, treinou determinada equipa e, além disso, julgava-se um dos “autores” da modalidade entre nós, graças à larga cobertura que recebia em certo sector da Imprensa e através da RTP. Um dia, caiu a máscara: advogado do pide que assassinou Ribeiro dos Santos, descobriu-se que ele pertencia, também, ao famigerado elenco dirigido pelo inefável Silva Pais.
Não chegou a ir parar a Caxias ou a Peniche, para onde atirou dezenas de patriotas. Graças à protecção de certos indivíduos, raspou-se para o Brasil, onde vive perto de amigos de peito. E, enquanto se desvenda que auferia, só como funcionário pidesco, a quantia mensal de 10 contos, o râguebi fica (pelo menos…) limpo deste “devotado” impulsionador.
A propósito: recentemente, veio a lume numa revista quinzenal que havia um pide no râguebi português, nomeando-o, muito erradamente, como sendo Pedro Lince. A verdade está feita: o pide chama-se Pedro, mas é o Cabrita. Este, o da fotozinha. Pedro Cabrita: que esfolava aquele “cabritinho” da António Maria Cardoso, nas horas em que repousava da divulgação raguebística.”
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