Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O menino pertence a uma classe sem futuro histórico


A medalha de Mérito Desportivo, criada em 1960 pelo Decreto-Lei nº 43 107, por iniciativa de Francisco Leite Pinto, então ministro da Educação Nacional, não deixou de ser atribuída pelo regime democrático aos atletas mais destacados. A gratidão do Estado português far-se-ia sentir junto dos desportistas que obtivessem bons resultados em competições internacionais, como os Jogos Olímpicos. Assim, são distinguidos com a medalha de Mérito Desportivo pelo ministro da Educação e Investigação Científica, Mário Sottomayor Cardia, os atletas medalhados nas Olimpíadas de Montreal Paulo de Eça Leal, Luís Cardoso de Meneses Margaride e Armando da Silva Marques, tal como o treinador da equipa nacional de atletismo, Mário Moniz Pereira (Diário da República, II Série, Nº 33, 9 de Fevereiro de 1977).

Outra distinção, a medalha de Bons Serviços Desportivos, seria atribuída a personalidades que, longe da ribalta, tivessem dedicado a sua vida ao desporto. Em Abril de 1978, surgem no DR (II Série) os casos de Celso Santos, massagista do clube portuense Salgueiros durante 50 anos (Nº 78, 4 de Abril), e Rogério da Fonseca Ramos, praticante de hóquei em campo no Clube Futebol Benfica durante trinta anos, “distinguindo-se por várias vezes como campeão regional, nacional e ainda integrando a selecção nacional, que capitaneou” (Nº 94, 22 de Abril), ambos medalhados por Cardia.

Sem comentários:

Enviar um comentário