Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O Ramiro torna-se o principal suspeito


A produção da TVI Meu Amor, criada por António Barreira, ganhou o prémio Emmy Internacional para Melhor Telenovela, derrotando as outras duas nomeadas. Por isso, muitos parabéns a toda a equipa da novela pelo reconhecimento internacional que obteve. Pessoalmente, não achei que Meu Amor fosse melhor que muitas outras telenovelas que a TVI já exibiu. No entanto, a vitória em Nova Iorque acaba por consagrar o “modelo de produção” português, compensando as verbas elevadas envolvidas num projecto deste tipo. O ponto forte dos 319 episódios (uff…) de Meu Amor foi o elenco, com interpretações de alto nível de actores como Nicolau Breyner, Alexandra Lencastre, Margarida Marinho, Paulo Pires, Lídia Franco, Manuel Cavaco, José Wallenstein, Cristina Homem de Mello e Marco d’Almeida. Outros intérpretes, como Rita Pereira e Rodrigo Menezes, limitaram-se a ser iguais a eles próprios. Os cenários e cenas de exteriores também foram bem conseguidos. Claro que a presença assídua da canção + 1 Dia, de José Cid, favoreceu o sucesso. Quanto à história, com as reviravoltas necessárias a uma narrativa tão longa, mostrou-se razoável, preenchendo-se o tempo que restava através de panorâmicas apelando ao turismo em Lisboa. No conjunto, um produto competente, sem ser particularmente estimulante. Resta saber como a TVI vai comemorar uma estatueta que nitidamente não esperava.

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