Além do apelido e da profissão, pouco há de comum entre o inspector Franco, personagem de BD criada por Fernando Dordio Campos (ver séries C.A.O.S. e Super Pig), e o seu “parente” Joel Franco, herói da colecção de romances policiais Não Matarás, escrita por Pedro Garcia Rosado e inaugurada com A Cidade do Medo.
Nas pranchas, Franco (não lhe conhecemos o nome próprio) é um cinquentão já com décadas de experiência na Polícia Judiciária, enquanto nos parágrafos Joel mal ultrapassa os trinta e leva pouco tempo de casa, entre uma passagem pelo combate ao crime económico e o actual trabalho nos Homicídios. Franco tem bigode e uma farta cabeleira grisalha, aos quais Joel responde com cabelo ruivo e óculos exigidos pela miopia. Franco mora no Rossio e Joel em Campo de Ourique. Franco disse adeus ao casamento e à filha por causa do trabalho na PJ. Ainda sem filhos, Joel tem uma relação feliz e estável com uma desenhadora que procura manter à margem das suas investigações. Temos visto Franco sobretudo em acção no terreno, enquanto Joel, sem se intimidar mas também sem ficar ileso nos confrontos, recorre com frequência ao raciocínio e à sua memória fotográfica para compreender as motivações do assassino e descobrir a verdade. Franco é rude e irascível. Diplomático, Joel utiliza sempre uma linguagem cuidada. Nada sabemos sobre as motivações de Franco para combater o crime. Joel busca permanentemente justiça com o objectivo de vingar a morte do seu amigo de infância Augusto e consegue-o ao punir criminosos. O sucesso de Franco é bem mais ambíguo.
O inspector Franco regressará um dia destes no álbum Agentes do C.A.O.S. O inspector Joel Franco deverá surgir novamente em 2011, numa aventura com o título Vermelho da Cor do Sangue.