Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

domingo, 29 de agosto de 2010

Beija-me na boca e chama-me Tarzan

Por culpa própria, não estou bem informado sobre o conflito israelo-palestiniano, ignorando as condições passadas e presentes que impedem que a solução aparentemente natural e óbvia (dois Estados soberanos com capital em Jerusalém) seja levada à prática ainda esta semana. No entanto, é fácil prever quais serão as opiniões dos comentadores portugueses na imprensa e na Internet quando ocorre um incidente que agrava a tensão no Próximo Oriente. De um lado, a esquerda canta “Palestina, olé, Palestina, olé, Palestina, olé, Palestina, olé, olé”, enquanto a direita faz-se ouvir: “Israel allez, Israel allez, cantaremos só pra ti, Israel allez”. Durante o jogo, as duas claques provocam-se mutuamente com acusações de islamofobia e anti-semitismo e a violência do confronto entre os espectadores aproxima-se daquela que decorre no campo.

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