Encontrar algo útil no meio da tralha é parte essencial do trabalho de um historiador.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O saneamento dos fascistas é uma luta justa

O livro de Luís Miguel Pereira Bíblia do Benfica (7.ª edição, Novembro de 2009) possui alguns lapsos na evocação de épocas passadas. Assim, quando ocorreu a inauguração do terceiro anel do Estádio da Luz, a 20 de Setembro de 1985 (p. 28), Mário Soares não era ainda Presidente da República. Só o seria depois de triunfar na segunda volta das eleições para o cargo, a 16 de Fevereiro de 1986. A escassa vantagem obtida por Soares sobre Freitas do Amaral levou a que se dissesse que o socialista tinha vencido por “um Estádio da Luz cheio”. Mais à frente, a expressão, a propósito da eleição de António Simões para o Parlamento, “em 1976, na Primeira República, sob a presidência do General Ramalho Eanes e a gestão de um governo provisório socialista” (p. 219) regista duas incorrecções (Terceira República, I Governo Constitucional). Outras falhas devem-se apenas a distracção, como a afirmação de que “Na história do Campeonato Nacional da Primeira Divisão apenas uma equipa, numa única época, ficou invicta. Foi o Benfica em 1972/73” (p. 66), quando, noutro ponto, a obra refere correctamente que o SLB repetiu o feito em 1977/78.

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